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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

A origem do natal.

Jesus ou o "Sol Invictus"

A origem do Natal.
Pode parecer estranho para alguns, mas a origem do natal remonta tempos mais antigos do que o próprio cristianismo. Diversos deuses e semi-deuses pagãos eram cultuados no período correspondente ao 25 de dezembro antes mesmo de Jesus nascer. Naquela época o que era comemorado era o solstício de inverno no hemisfério norte, ou seja, a passagem do outono para o inverno que, segundo o calendário romano, começava em 17 e ia até o 25 de dezembro (período chamado de Saturnal pelos romanos). A celebração era dedicada ao deus Sol Invictus, ou "Sol Invencível". Mais tarde com a cristianização do império romano, esta festa passou a significar o nascimento de Jesus e, o próprio identificado com o deus Sol, numa tentativa clara de cristianização do paganismo.

O natal e o paganismo.
O culto ao Sol remonta os tempos de Akhenathon no Egito. Tal faraó, precursor do monoteísmo, entedia que cultuar o Sol como deus único era melhor do que cultuar diversos deuses por que era o Sol a fonte primária de toda a vida e energia que existe na Terra, além disso ele é era um astro que aparece para todos, sem distinções raça, classe, ou sexo. Era como se dissessem que todos éramos filhos de um único Deus. Todos nós estávamos debaixo de um mesmo teto e, não importa o que aconteça, não importa o quê ou quanto você tenha, o Sol sempre brilhará para todos, levando a todos a capacidade de plantar, colher, criar animais e etc. 

A esperança renascendo no inverno.
Entretanto, cultuar o Sol não deveria ser visto apenas como uma prática idólatra e pagã. O sentido deste culto é muito mais profundo. Para quem não sabe, o inverno no hemisfério norte é extremamente rigoroso. As plantas não produzem, os rebanhos emagrecem, e até os dias ficam mais curtos e escuros. Enfim, tudo torna-se mais seco e escasso. O povo da Europa está acostumado a trabalhar poupar o ano inteiro para se proteger no inverno. Nós que moramos nos trópicos não sabemos o que é isso! Celebrar o Sol justamente no inverno, que é quando ele menos aparece, é uma forma de lembrar que aquele era um período curto e que depois de alguns meses ele voltaria a nascer com toda a intensidade. Enfim, que ele era invencível.

Somos poeira da nossa estrela!
Além disso, o culto ao Sol além desta razão prática, possui uma outra razão cósmica muito mais profunda. O Sol é o astro em torno do qual todos os planetas do sistema solar giram. O Sol corresponde a mais de 98% da massa do sistema solar. Se pudéssemos imaginar um estacionamento com cinquenta carros, o Sol corresponderia a quarenta e nove carros, enquanto que todos os outros astros seriam apenas um. A origem do nosso planeta e de todos os outros também está ligado ao Sol, visto que somos feito de uma pequena parte da matéria que se desprendeu dele há bilhões de anos. Somos literalmente poeira da nossa estrela!

O natal e o cristianismo.
A transformação do culto ao Sol em um culto cristão, correspondeu, como já disse, a uma estratégia da igreja católica romana de cristianizar o paganismo. Entretanto, isso só ocorreu por que eles encontraram uma correspondência clara entre o "menino-Deus" e o "deus-Sol", qual seja, o renascimento e a esperança. Assim como o inverno marca um período de escuridão e escassez, a crucificação de cristo marca um período de dificuldade pelo qual o mesmo passou. Assim como a celebração do inverno, marca a esperança de que o Sol iria ressurgir com toda a força alguns meses depois, A ressurreição de cristo marca a esperança de que após todas as dificuldades um novo tempo estaria por vir...

O natal na Bíblia.
Alguns criticam a comemoração do natal pelos cristãos por causa de sua origem pagã. Dizem que não há nada na Bíblia sobre a comemoração do natal, ou o período do nascimento de Jesus Cristo. Bem, os próprios judeus povo do qual teria feito parte o próprio Jesus, celebravam neste período a Hanukkah, ou Festa das Luzes, em comemoração a uma vitória deste povo contra um rei selêucida chamado Anthiochus. Entretanto, a origem desta festa também é a mesma apontada acima: a celebração do Sol. Existe uma passagem no Talmude que diz: "Quando o primeiro ser humano percebeu que o dia se tornava mais curto, disse: - Ai de mim! Será que agi mal e por isso o mundo está retornando ao caos?"

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Alquimia Espiritual X Alquimia Material




Alquimia Material.
Os primeiros rosacruzes que se tem notícia, estariam ligados aos alquimistas que surgiram do final da idade média para o início da idade moderna. Isto historicamente falando pois lendariamente eles seriam mais antigos. Os alquimistas eram pessoas dedicadas aos estudos das leis físicas e químicas da natureza a fim de encontrarem o que eles chamavam de pedra filosofal, ou o elemento fundamental que teria originado todos os outros elementos do Universo. Com esta pedra filosofal também seria possível, segundo eles, encontrar o elixir da longa vida e transformar qualquer metal em ouro. Desta forma seriam realizados os dois maiores sonhos da humanidade: riqueza e vida longa. 

Oficialmente, este elixir da longa vida e esta pedra filosofal nunca foram encontradas, os alquimistas não teriam passado de meros precursores da química moderna e o seu sonho não teria passado de uma ambição desmedida e maluca. Ouso discordar. De fato, que os alquimistas foram os precursores da ciência moderna, foram o que hoje conhecemos como químicos. Entretanto, se pararmos para pensar, o elixir da longa vida e a pedra filosofal já foram encontradas. 

Explico: com o desenvolvimento das técnicas de fusão e fissão nuclear, que consiste basicamente em colocar e retirar prótons de núcleos atômicos já podemos transformar qualquer material em qualquer outro que quisermos. Inclusive o ouro. O problema é que o custo da operação é muito maior do que o valor que poderíamos conseguir com o ouro que resultaria dele. Por outro lado, o desenvolvimento tanto da química quanto da medicina nos possibilitou a descoberta de vacinas e remédios que multiplicaram  em algumas vezes o nosso tempo de vida. Talvez, com o aprofundamento nas pesquisas sobre a consciência, a ciência finalmente comprove a existência da alma e finalmente teríamos entendimento sobre a nossa imortalidade.

Alquimia Espiritual.
Os rosacruzes atualmente não falam mais sobre alquimia material, por causa das razões já expostas. Entretanto, é muito comum ouvirem falar sobre alquimia espiritual. Na ordem rosacruz, a alquimia espiritual corresponde justamente à transformação do nosso espírito, a transformação do no ser em algo mais puro e mais profundo. Riqueza material e longa vida, está ao alcance de todos, hoje em dia, de acordo com o nosso merecimento e com as nossas intenções. Resumindo: não importa mais viver mais e com mais dinheiro. O que nos importa é saber o que fazer com esta vida longa e este dinheiro que nos são dados. Esta é a grande chave da alquimia espiritual. Enquanto que a material nos dá os meios para o poder, a espiritual nos dá a razão, nos diz o porquê do poder.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Eram os Deuses astronautas?


Representação dos povos antigos de um visitante com uma possível roupa de astronauta.

O título desta postagem faz referência a um livro clássico escrito pelo suíço Erick Von Daniken que explica muito dos fenômenos religiosos e arqueológicos da antiguidade como resultados das relações dos seres humanos do passado com seres extraterrestre. A teoria de Daniken se tornou popular pela sua verossimilhança e solidez, ainda que tratando de uma assunto recorrentemente relacionado a "misticismo" e "esoterismos". Os seus argumentos se dividem em três classes: cosmológicos, arqueológicos e histórico-religiosos. muito embora o autor se defenda de críticas dizendo nunca ter afirmado, mas apenas feito questionamentos (ele, por exemplo, já relatou nunca ter visto um ovni). A seguir, um resumo dos principais pontos de argumentação do livro:

Argumentos cosmológicos
Daniken inicia sua obra apontando para o tamanho do universo em que estamos, afinal, são bilhões e bilhões   de estrelas, a maioria delas com grandes probabilidades de existência de sistemas solares como os nossos, cada um deles com probabilidade de existência de planetas em zonas favoráveis à vida. Inclusive, isso é o que se vem constatando das mais recentes descobertas da missão Kepler da nasa, como eu bem mencionei em uma postagem anterior (link aqui). O autor ainda termina o livro com uma defesa à cosmonáutica, ou seja, às viagens e às tentativas de colonização espaciais, como uma forma de desenvolvimento tecnológico e prevenção ao possível aumento populacional da Terra. Da mesma forma, ele defende também os projetos de envio de mensagens interestelares.

Argumentos arqueológicos
Estes são os pontos mais importantes do livro pois são os que melhor evidenciaram as teses do autor (que é arqueólogo). Segundo Daniken, inúmeras construções da antiguidade, como as pirâmides do Egito e do México, o monumento de Stonehenge, as cabeças da ilha de Páscoa ou  "pistas" de pouso dos Incas são monumentos impossíveis de serem construidos sem tecnologia igual ou superior à nossa, nos dias de hoje. Além disso, a disposição de alguns desses monumentos estão perfeitamente alinhados com determinadas constelação e eventos astronômicos, mostrando um profundo conhecimento astrônomico destes povos.  Como se não bastasse, foram encontradas ruínas de civilizações abaixo de alguns mares, alguns deles datados de mais de 25.000 anos de idade.

Argumentos histórico-religiosos
Daniken completa as suas argumentações discorrendo sobre a correpondência existente entre diversos mitos dos povos antigos e os recentes relatos de observações de ovnis. Dá-se como exemplo, o evangelho de Enoch que descreveria uma possível abdução alienígena do profeta. Também menciona-se o fato de Elias e Moisés não terem morrido mas, "subido aos céus", o fato de alguns deuses como apolo e outros deuses maias e hinduístas, portarem uma "carruagem de fogo". A existência de uma história sobre dilúvio não só nas civilizações judaico-cristã, como também hindu e mesopotâmica, bem como pinturas rupestres de seres parecidos com aliens do tipo "grey" em diferentes pontos do globo (inclusive no Brasil) também são mencionados.

Como disse anteriormente, o autor inaugurou uma era de investigações e especulações sobre a atividade extraterrestre no passado da humanidade, algumas bem fundadas outras nem tanto. Entretanto, ele se defende das críticas dizendo ter feito questionamentos. Como este é justamente o objetivo deste blog, decidi por falar sobre suas teses, mas caba a cada um de nós analisar e tirar suas próprias conclusões.

PS: quem quiser mais detalhes sobre assunto, sugiro que leiem a obra, ou assistam ao documentário baseado no livro (link aqui). 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Vida após a morte e experiências de quase-morte.


Segundo Alexander ele teria voado nas asas de uma borboleta no Céu.
Uma prova do céu?
No início do ano, o neurocirurgião Eben Alexander, lançou o livro "Proof of Heaven" (ou, "Uma Prova do Céu", em português). O livro conta sua experiência pessoal que, durante um determinado tempo em coma, ele teria entrado em um outro estado de consciência e visitado uma outra dimensão, o que ele chama de "Céu" no livro. Para o autor, suas experiências não podem ter se dado nos limites do seu cérebro, visto que, durante o coma, a parte do seu cérebro relativa à sede da consciência não estava funcionando. O cientista que até então se considerava um cético passou a defender uma ideia mais espiritualista da vida e a necessidade de os cientistas realizarem mais estudos sobre a consciência. 

Diversos estudos tentam dar explicações fora do sobrenatural para estas experiências, entretanto, nenhuma delas explica questões básicas como por que isto ocorre justamente em um momento em que o nosso cérebro estaria funcionando menos ou por que todas os relatos seguem um determinado padrão. O próprio autor do livro cita nove hipóteses científicas que ele teria levado em conta para explicar a experiência que ele tivera como, por exemplo, influência dos anestésicos, de lembranças remotas, possibilidade de o cérebro ter feito outras conexões e etc. Descarta, porém, todas elas. 

A vida depois da vida.
Um outro cientista muito famoso neste assunto é o Raymond Moody Jr. Ele realizou uma pesquisa coletando mais de cem casos de experiência de quase morte e também lançou um livro, "A vida depois da vida", que mais tarde virou o documentário abaixo. 


Enfim, os relatos de experiências de quase-morte são comuns em casos de pacientes em coma. Enquanto que o caso de Raymond chamou atenção pela extensão e pioneirismo da pesquisa realizada, o caso de Alexander chamou atenção por ter acontecido logo com um neurocientista e de uma respeitada universidade (Harvard). De todo modo fica a lição de que as fronteiras da consciência deverão ser também as novas fronteiras da ciência.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

O zero, a lei da causalidade e o problema do acaso.

Linguagem binária: forte candidata à linguagem universal.

O problema do acaso.
Muitos de vocês já devem ter parado para pensar sobre a existência ou não de Deus. Inclusive já tivemos uma postagem aqui no blog que fala justamente sobre isso (link aqui).  De todos os problemas acerca da não existência de Deus, o maior deles é a aceitação do acaso. Se Deus não existe então todo o Universo seria obra do acaso. Isso quebra uma regra básica da lógica e um dos princípios do pensamento científico que é o de que toda consequência tem sua causa anterior. Mas se todo acontecimento tem causa, então não existe livre-arbítrio e se existe livre-arbítrio, então nem todo acontecimento tem causa. Enfim, essa discussão, de uma certa forma, nós já abordamos aqui...

A importância do 0.
De todo modo, a questão é que o acaso está presente no nosso dia-a-dia. O maior de todos os exemplos disso é o algarismo zero. Para entendemos a importância e a revolução que o zero, trazido da filosofia indiana, teve na nossa cultura, basta que pensemos da seguinte forma: só há duas possibilidades de existência: o algo e o nada. O ser e o não ser. O existir e o não existir. Os algarismos '2', '3', '4' e assim por diante não têm sentido se pensarmos que nada mais são do várias quantidades no algarismo '1'. A linguagem binária, por exemplo, que é a linguagem dos computadores e forte candidata, juntamente com a música a ser uma linguagem universal, se baseia neste princípio: só existem 0 e 1.

Do '0' para o '1'.
A importância do zero é ainda mais evidente quando fazemos um raciocínio não tão evidente como o anterior. Vamos pensar no "salto evolutivo" para sairmos do zero para o um. Do 'nada' para o 'algo'. Do um para o dois precisamos dobrar a quantidade que temos. Do dois para o quatro a mesma coisa e assim sucessivamente. A partir do 'um' podemos ter infinitas quantidades apenas com um mesmo esforço sucessivo: x2, x3 e etc. O problema é que a partir do zero, não podemos ter numeral nenhum, não importa o quão grande seja o nosso esforço, afinal 0 x 1=0, 0 x 2=0 e, assim sucessivamente.

Mistério.
Desta forma, o esforço que temos para, a partir do zero criarmos o um, é o mesmo esforço que temos para criar o algo, a partir do nada. É aí que encontramos o problema do acaso. Qualquer coisa que tenha se originado a partir do nada, quebra a lei de causa e consequência afinal, foi uma consequência sem nenhuma causa. Este é o mistério do surgimento do Universo, do acaso ou da existência divina.
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