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terça-feira, 19 de novembro de 2013

O zero, a lei da causalidade e o problema do acaso.

Linguagem binária: forte candidata à linguagem universal.

O problema do acaso.
Muitos de vocês já devem ter parado para pensar sobre a existência ou não de Deus. Inclusive já tivemos uma postagem aqui no blog que fala justamente sobre isso (link aqui).  De todos os problemas acerca da não existência de Deus, o maior deles é a aceitação do acaso. Se Deus não existe então todo o Universo seria obra do acaso. Isso quebra uma regra básica da lógica e um dos princípios do pensamento científico que é o de que toda consequência tem sua causa anterior. Mas se todo acontecimento tem causa, então não existe livre-arbítrio e se existe livre-arbítrio, então nem todo acontecimento tem causa. Enfim, essa discussão, de uma certa forma, nós já abordamos aqui...

A importância do 0.
De todo modo, a questão é que o acaso está presente no nosso dia-a-dia. O maior de todos os exemplos disso é o algarismo zero. Para entendemos a importância e a revolução que o zero, trazido da filosofia indiana, teve na nossa cultura, basta que pensemos da seguinte forma: só há duas possibilidades de existência: o algo e o nada. O ser e o não ser. O existir e o não existir. Os algarismos '2', '3', '4' e assim por diante não têm sentido se pensarmos que nada mais são do várias quantidades no algarismo '1'. A linguagem binária, por exemplo, que é a linguagem dos computadores e forte candidata, juntamente com a música a ser uma linguagem universal, se baseia neste princípio: só existem 0 e 1.

Do '0' para o '1'.
A importância do zero é ainda mais evidente quando fazemos um raciocínio não tão evidente como o anterior. Vamos pensar no "salto evolutivo" para sairmos do zero para o um. Do 'nada' para o 'algo'. Do um para o dois precisamos dobrar a quantidade que temos. Do dois para o quatro a mesma coisa e assim sucessivamente. A partir do 'um' podemos ter infinitas quantidades apenas com um mesmo esforço sucessivo: x2, x3 e etc. O problema é que a partir do zero, não podemos ter numeral nenhum, não importa o quão grande seja o nosso esforço, afinal 0 x 1=0, 0 x 2=0 e, assim sucessivamente.

Mistério.
Desta forma, o esforço que temos para, a partir do zero criarmos o um, é o mesmo esforço que temos para criar o algo, a partir do nada. É aí que encontramos o problema do acaso. Qualquer coisa que tenha se originado a partir do nada, quebra a lei de causa e consequência afinal, foi uma consequência sem nenhuma causa. Este é o mistério do surgimento do Universo, do acaso ou da existência divina.
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