Páginas

Pessoal, este blog se alimenta de comentários. Se quiserem mantê-lo vivo, comentem!

terça-feira, 8 de outubro de 2013

As Tentações de Jesus e o Portal do Umbral.




Na última postagem (link aqui) falei sobre os conceitos de céu, inferno, purgatório e umbral. Expliquei que, do ponto de vista Rosacruz, o umbral seria um estado vibratório em que o cosmo (termo utilizado no misticismo para se referir ao universo ou a providência divina) apresentaria a cada um de nós os nossos maiores medos e desafios na vida. Todos nós já tivemos momentos na vida em que parecia que "o Universo conspirava contra nós". Quem nunca passou por isso, um dia irá passar. Neste momento seríamos convidados a "enfrentar" o seu guardião e a "cruzar" o umbral. Nem mesmo Jesus escapou dessa missão, senão vejamos:

Enfrentando o guardião. 
Em uma passagem Bíblica, Jesus, após passar 40 dias orando e jejuando no deserto (o número teria um significado que não vou abordar agora) teria se encontrado com o "diabo", que teria aparecido para tentá-lo a desistir da sua missão: "Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhes todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse: tudo isso lhe darei se, prostando, me adorares" (Mateus: 4, 8-9). Aí, está bem representada a função do "guardião do Umbral" segundo a filosofia Rosacruz que nada mais é do que tentar as pessoas a desistirem das suas missões, desviando-as do caminho mais difícil para um mais fácil. O deserto representa justamente esses momentos de dificuldade que nos faz voltarmos para nós mesmos e para o nosso "mestre interior".

Cruzando o Umbral.
Após ter rejeitado as ofertas de "satanás", Jesus enfrenta o seu destino que seria a crucificação. Não sem, momentos antes, no jardim da Getsêmani, ter enfretando novamente as tentações do guardião do umbral, ao fraquejar: "Meu Pai, se é possível, afaste de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres" (Mateus: 26,39). A partir daí, a história todos já sabem: ele foi traído, apedrejado, torturado, e, finalmente, crucificado. Era o umbral que o esperava. Era a representação do estado vibracional de toda a humanidade enquanto seres pecadores. Mas após o umbral viria, então, o sentido de todo aquele sofrimento: a ressurreição.

A ressurreição.
A verdadeira missão de Jesus só estaria completa depois do mesmo ter passado pela crucificação, uma das piores formas de execução da época. Num momento em que o seu povo esta passando pelos piores tipos de opressão nas mão dos imperadores romanos, foi mostrando a sua vitória sobre a morte que Jesus confortou os seus seguidores e proferiu a mensagem de transcendentalidade que tanto marcou o cristianismo. Se não fosse a passagem pelo Umbral, talvez Jesus tivesse sido apenas mais um dos inúmeros reis e imperadores cujas conquistas materiais o tempo se encarregaria de levar. Não há sequer um império que tenha surgido e que não tenha decaído. Foi a vitória sobre a morte que deixou a mensagem de Jesus atemporal e talvez, obviamente, imortal.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...