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terça-feira, 29 de outubro de 2013

A inteligência espiritual.


Inteligência Espiritual

Medir a inteligência das pessoas com base em um teste de QI (quociente de inteligência) virou moda a partir dos anos quarenta. O problema é que o teste de QI só mede dois tipos de inteligência: a lógico-matemática e a linguística. Depois que Howard Garnder desenvolveu a teoria das inteligências múltiplas, este teste ficou obsoleto. Esta teoria diz que o ser humano é dotado de diversos tipos de inteligência, além das duas já mencionadas, como por exemplo, a espacial, corporal-cinestésica, musical, naturalística e inter e intrapessoal. Mais tarde, foi desenvolvido o conceito de inteligência emocional, que seria a junção das inteligências intrapessoal e interpessoal. Mais recentemente, alguns psicólogos vêm destacando a existência de mais um novo tipo de inteligência, a inteligência espiritual.

Os seis primeiros tipos de inteligência mencionados acima correspondem à capacidade do ser humano de resolver problemas concretos relacionados com o mundo físico (espaço, corpo, natureza, sons, linguagem e matemática). Os dois últimos tipos, por sua vez, inter e intrapessoal, correspondem à capacidade de resolver problemas emocionais, próprios ou dos outros. Já a inteligência espiritual, corresponderia à capacidade de resolver problemas espirituais, ou filosóficos mais profundos como se Deus existe ou não, qual é a origem e o destino do universo, ou se existe vida após a morte. Claro que o resolver problemas espirituais não está relacionado com a possibilidade de respondê-las cientificamente (não pelo menos de acordo com o atual paradigma científico) mas, pelo menos em desenvolver teorias consistente que não desafiam a lógica e que explicam a maioria destes dilemas.

Para alguns, a inteligência espiritual está relacionada com a capacidade de acessar a consciência cósmica, ou seja, um plano mais alto e transcendente de consciência, a fim de resolver os diversos problemas apresentados. É a capacidade de ter inspiração, de produzir "insights", de conectar coisas diferentes em um determinado ponto. Segundo Albert Einstein: "os problemas importantes que enfrentamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de raciocínio que estávamos quando criamos". Neste caso, ele não só estaria relacionado com os problemas religiosos, como também  artísticos, políticos, ou científicos. Assim, ela teria se expressado da mesma forma em Einstein, ao desenvolver a teoria da relatividade, em Beethoven, ao criar as suas sinfonias, em Da Vinci, ao pintar as suas obras de arte, ou em Moisés, Jesus, e Buda, ao fundarem suas respectivas religiões.

Para alguns, a inteligência espiritual não passa de uma face ou um superdesenvolvimento da inteligência intrapessoal, ou seja, a capacidade conhecer a si mesmo e de lidar com seus próprios sentimentos. Ocorre que, quando desenvolvemos esta capacidade, aumentamos o nosso poder de concentração, a nossa automotivação, ficamos menos sujeitos às intempéries e às distrações do mundo cotidiano e nos tornamos mais independentes. Dessa forma, podemos concentrar as nossas energias ou o nosso raciocínio naquilo o que realmente importa, que nos aflige ou nos motiva. É o autoconhecimento tão pregado por psicológos e terapeutas. Havia uma frase dita por um oráculo no templo de Apolo, na cidade de Delfos, que expressa muito bem esta inteligência: "homem, conheça-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses". 
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