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terça-feira, 25 de junho de 2013

Pesquisadores realizam estudo cientifico que comprovaria a mediunidade.

Chico Xavier psicografando durante transe mediúnico. 
A mediunidade não é apenas um fenômeno espírita. Muito pelo contrário. Ela está presente em praticamente todas as tradições religiosas, seja ela espiritualista ou não. A mediunidade está presente em práticas religiosas de determinadas tribos indígenas, africanas, xamânicas e etc. Por que não mencionar também os exorcismos dos católicos e evangélicos ou o próprio conceito de espírito santo? Entretanto, é na doutrina espírita que a mediunidade é mais estudada, praticada e até mesmo estimulada. Praticamente toda esta doutrina está calcada neste fenômeno. 

A ciência sempre foi muito cética com o fenômeno mediúnico. Para a maioria dos cientistas, estes fenômenos não passam de fraude ou de diferentes níveis de doenças mentais, como a esquizofrenia. Para outros, o fenômeno mediúnico nada mais é do que uma manifestação de animismo, ou seja, manifestação do inconsciente do próprio médium quando em estado de transe. Inclusive, uma obra clássica chamada de "animismo e espiritismo" é leitura obrigatória para aqueles que se dedicam às manifestações mediúnicas. Os espíritas, claro, reconhecem a ocorrência de animismo mas, ainda assim, não descarta as comunicações além-túmulo e dizem terem meios para reconhecê-las e evitá-las.

No entanto, pela primeira vez, um grupo de cientistas brasileiros (USP e UFJF) e americanos (Universidade da Pensilvânia e Universidade Thomas Jefferson) resolveram pesquisar o fenômeno de forma científica e imparcial. O estudo foi realizado com 10 médiuns brasileiros com 15 a 47 anos de experiência mediúnica, destros (possivelmente para compararem os mesmos padrões cerebrais) e com perfeita saúde mental. Os médiuns receberam marcadores para analisar a atividade cerebral durante a escrita comum e a escrita mediúnica. 

Segundo os resultados da pesquisa, os médiuns mais experientes apresentaram uma significativa redução da atividade cerebral durante a escrita psicografada do que a escrita comum, muito embora os textos psicografados fossem mais complexos. Já no caso dos menos experientes foi o contrário. Para os pesquisadores, isso comprovaria que, no caso dos médiuns mais experientes existe realmente a possibilidade de que a mensagem psicografada tenha origem fora da mente do médium, enquanto que nos casos dos menos experientes, essa afirmação não pode ser realizada.

Dentre do contexto doutrinário do espiritismo, isso poderia muito bem ser explicado de forma que nos médiuns menos experientes o que ocorre seria o fenômeno do animismo, como relatado acima, enquanto que nos médiuns mais experientes haveria realmente a comunicação mediúnica. Mas como saber o que está ocorrendo durante as sessões mediúnicas se não é possível mapear a atividade cerebral em todas elas? Isso ficaria a cargo dos participantes ao analisar, com bom senso, a qualidade das mensagens recebidas e a sua correspondência ou não com os valores e desejos próprios do médium. 

PS: Quem quiser saber mais sobre o assunto, sugiro a agências de notícias da própria usp (link aqui), o artigo científico publicado (link aqui) ou as recomendações espíritas sobre o animismo (link aqui)
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